Irmãos norte-americanos são as novas estrelas da Disney com direito a série própria no canal. Eis que uma das séries mais ansiadas pelos adolescentes se inaugura hoje no pequeno ecrã luso, através da antena do Disney Channel. São três. São irmãos. São cantores. E fazem de si próprios. São os "Jonas Brothers". Depois do êxito granjeado por "Camp Rock", da chancela Disney, a estação decidiu apostar no trio que mais se destacou naquele filme. "Jonas", cuja estreia sucede às 20 horas, é já um sucesso antes de o ser, não fosse uma ficção televisiva protagonizada por Joe, Kevin e Nick, as mais recentes estrelas catapultadas para os holofotes da fama, por autêntico fabrico de um carimbo mítico, indelevelmente, conotado com o rato Mickey. Para Patrícia Reis, directora de Marketing do canal, o fenómeno dos "Jonas Brothers" justifica-se à luz de "um efeito bola de neve". Explica: "São novos, bonitos, talentosos e atraem as raparigas", ainda que "os rapazes se possam identificar", enquanto "um 'role model'". Prossegue: "Tratam-se de pessoas equilibradas e dão bons exemplos". A responsável destaca na série destinada sobretudo ao "target" 6/12 anos, a sua "forte componente humorística". Não obstante se intitular "Jonas" em virtude do facto de ser o nome da rua onde os protagonistas residem, os irmãos, tal como na vida real, à excepção do apelido, que na trama é Lucas, decalcam a sua vida real. Têm uma banda, andam na escola, gerem as vicissitudes intrínsecas à faixa etária, ao que acresce a tarefa complexa de lidar com os fãs. Com periodicidade semanal, a intriga viverá no canal, que agora já não está adstrito ao regime de subscrição dos operadores por cabo Meo e Zon, pelo menos durante o leque de 28 episódios que compõe a primeira temporada. Até porque, se estreou nos Estados Unidos apenas em Maio. Parece, pois, que após os verdadeiros fenómenos de "High School Music", "Hannah Montana" entre outros produtos peneirados pelo seu crivo, a Disney descobriu a fórmula mágica para contornar a crise. Afinal, quando o mercado televisivo e discográfico dá sinais de colapso, as vedetas da estação somam e seguem. No fundo, a receita não dista muito da de "Fame", nos anos 80. E essa pandemia terá regressado. A febre alastra-se ao mundo inteiro e não há indícios da requisição de imunidade, pelo contrário, o contágio prolifera sem antídotos reclamados com a "agravante" de o advento das novas tecnologias Web dar um empurrão. A série deverá potenciar a idolatria face aos "Jonas Brothers". Vendem milhões de CDs, têm outros tantos devotos a assistir aos concertos e profetiza-se que o reinado não tenha fim à vista a curto prazo. Patrícia Reis foi expedita em desmentir o rumor da sua vinda cá a propósito da tournée mundial. Por outro lado, interrogada sobre para quando o arranque do canal Disney vocacionado para miúdos do sexo masculino, assinala que "é um projecto embrionário, mesmo noutros países", no entanto não descarta a hipótese de vir a chegar a Portugal, considerando "existir espaço" para um canal revestido destas características". "Os distribuidores por cabo estão informados", diz. Espanha acolhe a nova oferta esta semana.
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